Christine Aldo

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1 de março de 2014

Uma só Alma


Vento que passa
Assanha meus cabelos
Leva consigo todos pensamentos...

Sinto na pele o cheiro do nosso pecado
Impregnados estão
Não pude me livrá-los;

Ando meia que sem destino
Na contramão da saudade
Ouço ao longe a tua voz
A desvirtuar as minhas passadas
Logo perco a paz
Não sei mais distinguir
O real da ilusão
Utopia da minha imaginação.

Me ponho a pensar nas perdas e danos
Que causaram o nosso relacionamento
Eu e você crucificadas juntas
No madeiro social
Vítimas de uma sociedade conturbada.

Estamos presas no calabouço
Calamitoso das incertezas
Acorrentadas a sete chaves
No preconceito absurdo.

Desça agora o vitupério da imoralidade
Despi a tua alma e lança a tua sorte
Mediante ao jugo dos repugnantes
Estamos nua, eu e você
E sangramos na nossa carne
Esfaceladas pelos escarnecedores
Açoitadas por olhares deturpados.

Venha até mim agora
Juntemos uma só carne, uma só vontade
Deixemos o próprio amor nos matar.

Todo suor transformar-se em lágrimas
Toda lágrima transformar-se em sangue
Ainda assim resistiremos;

Quando destruírem a nossa carne
Toda a reputação exacerbada
Então não poderão discernir
Quem sou eu, quem é você;
Porque a cegueira do preconceito
Não pode enxergar a beleza da alma.

Somos uma só alma
E nascemos para morrermos juntas
Quando te olharem no espelho do preconceito
Todos verão o reflexo do meu rosto
Te amando sem limites e sem precedentes
Façamos o agora!
Para confundir os ignorantes.

Christine Aldo
28 de Fevereiro de 2014

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